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terça-feira, 12 de novembro de 2013

tema: A luta contra as potestades do mal


texto: Efésios 6: 10-20
Existe um mundo espiritual que, embora não possamos ver, tem influência poderosa sobre o mundo físico.
A Bíblia faz referência a anjos e a demônios, seres espirituais que agem na terra. Antes da conversão, o homem é escravizado pelas forças do mal, Ef 2: 2-3, mas não tem consciência disso.
A partir do momento em que se entrega a Cristo, o crente se envolve numa intensa batalha espiritual. O príncipe do império das trevas, de onde fomos libertos, não se dá por vencido.
E daí? Vamos ignorar essas verdades ou vamos enfrentar esta batalha? Que armas temos à nossa disposição? Isso é o que verá neste estudo.
I. POR QUE NÃO DEVEMOS IGNORAR A BATALHA ESPIRITUAL
a) A Bíblia dá muita ênfase ao assunto. Segundo as Escrituras, existe uma contínua e intensa batalha entre a luz e as trevas, entre Cristo e Satanás, entre a Igreja e o inferno, 1 Pe 5: 8, 9. Há uma verdadeira riqueza de textos bíblicos que falam acerca do assunto, mostrando como os espíritos das trevas trouxeram intenso sofrimento às pessoas:
• Satanás transtornou a vida de Jó, Jó 1: 12-19;
• Jesus foi tentado pelo diabo, no deserto, Mt. 4: 1-11;
• Nos Evangelhos, relatos sobre a ação do diabo impressionam: o gadareno, possuído por legiões de demônios, Mc 5: 1-20; o jovem que era jogado na água e no fogo, Mc 9: 14-22; Maria Madalena, liberta de sete demônios, Lc 8: 2; espíritos de enfermidade, Lc. 13: 11-13;
• Ananias e Safira foram enganados por Satanás para que mentissem ao apóstolo Pedro, At 5: 11-13.
Para ludibriar o homem, Satanás se transforma até em anjo de luz e seus ministros são capazes de se mascararem como ministros de justiça, 2 Co 11: 13-15.
b) O contexto cultural e religioso do país em que vivemos é outra forte razão para não ignorarmos a batalha espiritual. O Brasil é considerado hoje o maior país espírita do mundo, com aproximadamente 5.500 centros espalhados pelo território nacional. Deve haver um despertar do cristão para a realidade da batalha espiritual e, assim, preparar-se para vencê-la.
II. COMO DESFAZER AS ESTRATÉGIAS DO INIMIGO
1. Conhecer o inimigo. Paulo, em Efésios 6: 12, fala de uma hierarquia no reino das trevas. Principados são os chefes ou os líderes da maldade; os dominadores são espíritos malignos; as potestades são os que têm poder para governar. Todos promovem males na terra.
a) Estes principados, dominadores e potestades do mal procuram levar o homem à desobediência, à insubmissão. Tornam as pessoas irreverentes e insubordinadas quanto ao seu comportamento, Ef 2: 2.
b) Estes espíritos malignos atuam também como agitadores da consciência humana, fazendo com que sentimentos de culpa sejam mais intensos, Zc 3: 1-5.
Os seres invisíveis da maldade são acusadores. Vemos claro exemplo em Jó 1: 1-12 quando o diabo fica questionando a respeito da integridade e justiça de Jó. A busca exagerada, detalhista e obcecada de “justiça” é também diabólica. Tenhamos cuidado com o exagero legalista.
2. Conhecer e tomar posse das armas celestiais,
2 Co 10: 4-5. As armas da nossa guerra são ofensivas e defensivas, 2 Co 6: 7. Vejamos:
a) Armas ofensivas
O Nome de Jesus. Fp 2: 9-10. É a arma mais poderosa contra o inimigo. Ele tem autoridade sobre os seres angelicais, sobre os homens e sobre os demônios. Jesus está acima de todo principado, e potestade, e poder e domínio, Efésios 1: 20-22.
Oração. Ef. 6: 18. Esta é a arma que nos coloca em contato direto com o mundo espiritual. A oração nos fortalece, nos capacita para conquistarmos todo o território que o diabo invadiu. Veja Marcos 3: 23-29.
b) As armas defensivas, Ef 6: 13-18.
O Senhor equipou Sua Igreja com uma armadura sobrenatural para que ela exerça domínio sobre o reino da maldade e resista às suas forças, a fim de sair da guerra sã e salva.
O capacete, v. 17. Paulo faz esta peça representar a salvação, possivelmente referindo-se a Isaías 59: 17. A salvação protege o homem em Cristo de ser desintegrado sob os efeitos condenadores do pecado.
O cinto da verdade - v. 14. A verdade é Jesus. O cristão deverá estar inteiramente ligado a Ele numa comunhão perfeita, Jo 15: 2-7. Esta armadura significa que o cristão se reveste do Senhor Jesus, assumindo a natureza moral de Cristo, Rm 8: 29.
A couraça da justiça - v. 14. O crente está revestido da justiça de Deus, Rm. 3: 21 e 5: 1. Sua culpa foi lançada na cruz de Cristo, Rm 13: 12-14 e Ef 4: 24.
Pés calçados com a preparação do evangelho da paz, v. 15. Significa o estabelecimento de um alicerce espiritual firme. Assim calçados, com prontidão e disposição, aparecem os pés daqueles que cruzam desertos e terrenos montanhosos, levando as boas novas da paz, Is 52: 7-9.
Reconhecendo o exército inimigo
1 Pedro 5: 6-11
Todos estamos envolvidos numa intensa batalha espiritual. Precisamos conhecer bem quem é nosso grande adversário e quais as estratégias por ele utilizadas. Neste estudo veremos como se organiza e como age o exército inimigo de nossas almas, “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós”, 2 Co 2: 11.
I - QUEM É SATANÁS, Is 14: 12-15
a) A origem do nome. A palavra Satã é de origem hebraica e significa adversário; o termo “diabo”, porém, é de origem grega e significa acusador. Ambas revelam o terrível caráter do nosso grande inimigo. Esse ser é o líder dos demônios, Mc 3: 22.
Embora conhecido como dragão, antiga serpente, diabo e Satanás, Ap 20: 2, como sendo um ser do mal e das trevas, ele teve sua origem no reino da luz. O nome do atual anjo rebelde era Lúcifer, que significa ‘portador da luz’, uma tradução do verbo usado em Is 14: 12 que quer dizer brilhante. Essa passagem tem paralelos no Novo Testamento, Lc 10: 18; Ap 9: 1; 12: 9, levando muitos estudiosos à aplicação desse título a Satanás. Ele é mencionado na Bíblia como o originador do pecado, Gn 3: 1, 4; Jo 8: 44; 2 Co 11: 3.
b) A queda de um querubim. O profeta Ezequiel, em 28: 1-19, repreende severamente o orgulho do rei de Tiro, Itobaal II, mas, a certa altura da profecia, faz referências sobre-humanas, visando a outra pessoa que estaria por detrás do rei de Tiro: especificamente Satanás. E é nesse texto que Deus, através de Ezequiel, revela ao homem, nos versos 12-19, a perfeição, sabedoria e beleza originais do querubim que se tornou no diabo, bem como declara seu julgamento.
O que induziu criatura tão bela e perfeita a tal apostasia? Conforme o profeta Isaías, cinco motivos levaram Lúcifer à queda:
• Violenta oposição a Deus, 14: 13: ‘subirei ao céu’ - desejo de dominar a morada divina;
• Auto-exaltação, 14: 13: ‘acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono’ - desejo de dominar todos os seres angelicais;
• Sede de poder, 14: 13: ‘no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte’. (O Norte, na literatura dos tempos de Isaías, significava a morada dos deuses, mas não o céu dos céus, e sim o universo. Lúcifer desejou o domínio do universo.);
• Desejo de glória, 14: 14: ‘subirei acima das mais altas nuvens’. Lendo Êx 16: 10 e Is 19: 1, percebe-se que “nuvem” está intimamente ligada à glória de Deus. Lúcifer desejou a glória que só pertence ao Criador, Is 48: 11;
• Mania de grandeza e subversão total, Is 14: 14: ‘serei semelhante ao Altíssimo’.
II - O EXÉRCITO DE SATANÁS, Ap 12: 3-4.
a) Os demônios existem e Satanás é o seu líder. Satanás não está sozinho em seu domínio, nas trevas. Ele é o líder de um exército de renegados. Embora sejam criaturas de Deus, não foram criados como anjos maus. O que aconteceu foi que eles não mantiveram a condição original que o Criador lhes concedeu, porém caíram do estado em que haviam sido criados, 2 Pe 2: 4; Jd 6. Alguns demônios estão confinados, outros estão ativos no mundo, Mt 12: 43-45.
b) Os demônios e os ídolos. Paulo, em 1 Co 10: 19-20, parece entender que as deidades adoradas por Israel, relatadas no Antigo Testamento, não eram verdadeiros deuses, mas, na realidade, demônios. O apóstolo fala acerca dos ídolos como representantes dos demônios. Veja também Ap 9: 20. Esses demônios causam danos físicos, Mt 9: 33, e podem vir a possuir o corpo de homens e animais, Mt 4: 24; Mc 5: 13. É o que se chama de possessão demoníaca.
c) Os demônios se opõem a Deus. O Novo Testamento deixa claro que os demônios são seres espirituais que têm prazer em opor-se a Deus e combater Sua obra, tendo Belzebu como seu príncipe, Mc 3: 22. Eles buscam frustrar os propósitos de Deus, Ef 6: 11-12. O apóstolo Paulo ensina que eles desejam impor seu próprio sistema de doutrina, 1 Tm 4: 1-5.
III - SATANÁS FOI DERROTADO
Todo cristão vive entre o já e o ainda não. Que quer dizer isso? Por um lado, já somos salvos pelo Senhor Jesus Cristo e já vencemos Satanás, mas ainda não estamos totalmente livres de seus ataques. Esse é o período mais perigoso de toda a batalha espiritual. O cristão é o combatente que vive exatamente nesse período. A batalha decisiva foi travada e ganha no Calvário, Cl 2: 13-15. Mas daí até o final de toda a guerra ocorre o intervalo em que o cristão tem de mostrar sua firmeza e confiança na Palavra, Jo 16: 33, 1 Co 3: 10-15. Mas, sempre temos de nos lembrar de que:
a) O inimigo está vencido. Ele opõe-se ao Evangelho, Mt 13: 19; cega e engana, Lc 22: 3, 2 Co 4: 4; aflige, Jó 1: 12 e tenta o povo de Deus, 1 Ts 3: 5. Mas Jesus já o venceu na cruz, 1 Jo 3: 8.
b) O inimigo é limitado. Ele não é onipotente, onipresente e nem onisciente, atributos unicamente divinos, Is 40: 12-15; Sl 139: 1-16; Jr 23: 23,24.
c) Há vitória no sangue de Jesus, Ap 12: 11. Você deve, portanto, assumir sua posição de guerreiro e expulsar toda influência de Satanás de sua vida, Tg 4: 7-8; Mt 12: 25-29. A armadura de Deus mantém o crente firme contra as ciladas do diabo e lhe dá condições de vencer essa batalha de fé, Ef 6: 10-20.


Opressão e possessão
Marcos 5: 1-20
A ação de Satanás para atingir os filhos de Deus não é novidade para nós, cristãos. A Palavra está repleta de versículos e relatos que falam acerca das constantes tentativas do diabo de derrotar os salvos.
Jesus preparou seus discípulos para que tivessem vitória na luta contra o inimigo, Mt 26: 41. Neste estudo vamos analisar dois assuntos de grande interesse relacionados à batalha espiritual: opressão e possessão demoníaca.
São estratégias do inimigo para ir assumindo o controle da vida das pessoas.
I - OPRESSÃO
Opressão é a presença de demônios em determinados ambientes e sua influência direta sobre as pessoas. Há no Novo Testamento diversas referências à opressão demoníaca, Lc 4: 18; At 10: 38. As forças do mal invadem o local e o tornam pesado e carregado. Os demônios assediam as pessoas que moram ou freqüentam aquele lugar, exercendo pressão sobre elas e, muitas vezes, as levam à exaustão e à depressão. Essa invasão maligna só ocorre quando se dá lugar à ação do diabo.
a) Os demônios procuram nossos pontos mais vulneráveis. Com isso, enfraquecem nossa resistência moral e espiritual. Eles trazem a preguiça, o desânimo, as incertezas, a indiferença, a desobediência, etc. Para trazer males à igreja, o inimigo procura agir com freqüência na família.
E muitas abrem as portas para o tentador. Quantas que, quando se reúnem, o que mais gostam de fazer é falar mal dos outros. São lares onde as palavras são instrumentos de destruição, ao invés de bênção e edificação.
b) Todos os seres humanos, inclusive o crente, estão sujeitos à opressão. A opressão pode atingir qualquer área da vida. As mais afetadas são as seguintes:
• moral, levando à mentira, prostituição, roubos, assassinatos, etc;
• física, causando enfermidades e doenças. O diabo oprimiu Jó e, mediante permissão de Deus, trouxe-lhe enfermidade. No entanto, nem todas as enfermidades e doenças são de origem maligna;
• material, levando o homem à obsessão por bens, dinheiro, cargos, etc;
• espiritual, induzindo à idolatria, à prática de ocultismo.
c) Como obter vitória? O crente que luta contra essa ação do maligno é vencedor, porque seus pés estão firmados na Rocha Eterna, Sl 40: 2. A maneira que Jesus ensinou para vencermos o maligno é atacá-lo pela oração, jejuns e proclamação da Palavra, destruindo suas armas de engano e tentação demoníacas, Mt 17: 21.
II - POSSESSÃO
Se a opressão é a presença de demônios em torno da pessoa, a possessão é a presença de um ou mais demônios dentro dela, Mc 5: 9-13. A opressão opera de fora para dentro, já a possessão, de dentro para fora. É sinal de que o diabo alcançou grande domínio sobre a vida da pessoa.
a) Demônios controlam reações. Quando os demônios não apenas dominam o ambiente, mas passam a controlar uma pessoa, existe um típico caso de possessão. Em Mc 5: 1-20 há um exemplo disso. O homem andava sempre nu, Lc 8: 27, de noite e de dia clamando entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras. Quando uma pessoa está possessa, ela perde o controle de si mesma. O homem gadareno (Marcos 5) tinha o corpo dominado e usado por demônios, vv. 1-4; perdera a sensibilidade física (não sentia dor, frio, fome), v. 5, bem como o controle das faculdades: voz, ação, locomoção, vv. 6-7. No entanto, depois de libertado por Jesus, foi encontrado assentado, vestido e em perfeito juízo. Outros casos de possessão demoníaca podem ser vistos em Mc 9: 17-27; Mt 9: 32, 33; 12: 22. Alguns deles estão ligados a enfermidades.
b) Tanto a opressão como a possessão podem atingir o crente. Para que isto não aconteça é necessário que as palavras que proferimos venham a constituir bênção a todos, Ef 4: 29; que confessemos a vitória, Fp 4: 3; que vigiemos e oremos em todo tempo, Mc 14: 38; Lc 22: 40.
Deus nos chamou para abençoar a todos indistintamente. Abençoar é declarar o bem das pessoas, crendo que Deus endossará as nossas palavras. Abençoar é clamar a Deus em nosso benefício ou de alguém, Nm 22: 6.
III - A VITÓRIA EM CRISTO, Fp 3: 12-14
Cristo libertou-nos para que pudéssemos apresentar a Deus, voluntariamente, nossa adoração, reverência, fé, amor e esperança. Jesus nos devolveu a alegria de uma comunhão sincera com Deus. Nosso espírito está livre. Nossa alma, outrora escravizada pelo inimigo, estava oprimida, desfalecida. Contudo, agora, liberta por Deus, ela libera:
• a força do seu intelecto. Servimos a Deus com inteligência, Rm 12: 2;
Cristo libertou-nos para que pudéssemos apresentar a Deus, voluntariamente, nossa adoração, reverência, fé, amor e esperança. Jesus nos devolveu a alegria de uma comunhão sincera com Deus. Nosso espírito está livre. Nossa alma, outrora escravizada pelo inimigo, estava oprimida, desfalecida. Contudo, agora, liberta por Deus, ela libera:
• a força do seu intelecto. Servimos a Deus com inteligência, Rm 12: 2;
Cristo libertou-nos para que pudéssemos apresentar a Deus, voluntariamente, nossa adoração, reverência, fé, amor e esperança. Jesus nos devolveu a alegria de uma comunhão sincera com Deus. Nosso espírito está livre. Nossa alma, outrora escravizada pelo inimigo, estava oprimida, desfalecida. Contudo, agora, liberta por Deus, ela libera:
• a força do seu intelecto. Servimos a Deus com inteligência, Rm 12: 2;
• a força emotiva. Antes, chorávamos de tristeza; agora choramos de alegria pela presença de Jesus, Sl 126: 3;
• a força da memória. Esquecemo-nos do que ficou para trás, prosseguindo para o alvo da nossa vocação, isto é, do chamado por Deus, Fp 3: 13;
• a força da consciência, fazendo tudo para agradar a Deus, de livre e espontânea vontade, 1 Jo 3: 22;
• a força do seu raciocínio, meditando e agradecendo a Deus pela grande salvação e libertação oferecidas por Jesus Cristo, Hb 2: 3.
Os anjos, aliados na luta contra o mal
Salmo 103: 17-22
Há aproximadamente 300 referências bíblicas sobre anjos. São criaturas de Deus que ministram a favor dos salvos, Hb 1: 14. Esses agentes celestiais proporcionam segurança e livramento aos filhos de Deus. Precisamos ter conhecimento bíblico deste assunto porque alguns místicos estão se dedicando a escrever sobre anjos, espalhando muita heresia e ensinos que não têm nenhum fundamento na Palavra de Deus.
I - QUEM SÃO OS ANJOS
a) Os anjos são seres espirituais, sobrenaturais, criados por Deus antes de existir a terra, Jó 38: 4; Sl 148: 2-5 e Cl 1: 16. Deus criou os anjos com livre arbítrio. Uma parte deles aderiu à rebelião de Satanás, Ez 28: 12-17, Ap 12: 7-9 e Jd. 6. Os anjos que caíram tornaram-se espíritos malignos, chamados na Bíblia de demônios.
b) Os anjos bons são numerosos, formando exércitos a serviço de Deus, 1 Rs 22: 19, Sl 68: 17, Dn 6: 22; 7: 9-10 e Sl 46: 11. Eles têm uma hierarquia. A Bíblia fala sobre diferentes classes de anjos, 1 Pe 3: 22:
Serafins. São mencionados na visão de Isaías, quando davam altos louvores à santidade e à glória do Deus dos Exércitos, Is. 6: 2-7.
Querubins. Anjos que foram colocados ao oriente do Jardim do Éden para proteger o caminho da árvore da vida, Gn 3: 24. São os mesmos da visão de Ez 10: 1-4.
Arcanjo. Exerce função especial, como que liderando os próprios anjos, Dn 12: 1. A Bíblia só usa o termo “arcanjo” para se referir a Miguel (cujo nome significa “quem é como Deus?”), Jd 9; Dn 10: 21 e Ap 12: 7-8.
Anjos. São os demais seres espirituais. Há várias referências a eles nas Escrituras, Sl 91: 11; 148: 2; Mt 26: 53; Hb 12: 22; Jd 1: 14.
c) Aparições de anjos. Há muitos relatos na Bíblia sobre pessoas que viram anjos. Às vezes, apareceram em forma humana, Gn 18: 2; 19: 1; At 1: 10. Em outras ocasiões, apareceram revestidos de glória, Dn 10: 5-6; Lc 24: 4. Em 2 Rs 6: 15-17, os anjos foram vistos em forma de um grande exército, com carros e cavalos de fogo, em volta do homem de Deus, para livrá-lo do exército do rei da Assíria.
II - A FUNÇÃO DOS ANJOS
Os anjos executam muitas atividades na terra, cumprindo as ordens de Deus a nosso favor. A seguir, estudaremos algumas referências bíblicas sobre o trabalho sobrenatural que estes agentes celestiais realizam:
• q tiveram importante participação na entrega da lei a Moisés, At 7: 38, Gl 3: 19 e Hb 2: 2;
• q orientaram José e Maria na fuga para o Egito, Mt 2: 13;
• q regozijam-se por um só pecador que se arrepende, Lc. 15: 10;
• q observam o comportamento dos cristãos, quando congregados, 1 Co 11: 10; Ef 3: 10 e 1 Tm 5: 21;
• q são portadores de mensagem de Deus ao seu povo, Zc 1: 14-17 e At 10: 1-8;
• são instrutores, trazendo orientações a mandado do Senhor, Mt 2: 13, 19-20; Zc 1: 9;
• agem por ordem de Deus em respostas às nossas orações, Dn 9: 21-23; At 10: 4;
• confortam os que estão enfrentando problemas, Gn 16: 6-12; At 27: 23-24.
Assim como os anjos assistiram Jesus na tentação e nos angustiosos momentos vividos no Getsêmani, Mt 4: 11; Lc 22: 43; Lc 23: 4-6, eles protegem os que temem ao Senhor, Sl 34: 7, Sl 91: 11 e At 12: 7-10. São ajudadores: removeram a pedra do sepulcro, afastando um problema que as mulheres teriam de enfrentar. Compare Mc 16: 3 com Mt 28: 2-5.
III - AGENTES QUE MINISTRAM A FAVOR DOS FIÉIS
Os anjos são ministros de Deus na luta e defesa a favor dos que hão de herdar a salvação, Hb 1: 14 e Lc 16: 22. De que maneira convém proceder para fazer jus a essa presença poderosa?
a) Afaste-se do pecado. A vida de impureza bloqueia a ação de Deus. O profeta Isaías afirmou que, embora a mão do Senhor não esteja encolhida, nem o seu ouvido agravado, o pecado separa o homem do Senhor, 59: 1-2. Como agirão os anjos do Senhor a favor de alguém, se este vive na prática do pecado?
b) Tema ao Senhor e seja fiel. A promessa que existe no Salmo 34: 7, sobre o livramento que o anjo traz aos salvos, tem uma condição: temer ao Senhor. Essa foi a experiência dos companheiros de Daniel, Dn 3: 28. Homens fiéis terão a constante proteção de Deus. Os apóstolos foram libertos da prisão pelos anjos, At 12: 8-10. Os mensageiros de Deus podem agir em nossas vidas, como atuaram na vida de muitos personagens bíblicos. Vamos reivindicar do Senhor, a cada dia, o cumprimento da Palavra, que diz: “a seus anjos dará ordens a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos”, Sl 91: 11.

sábado, 31 de agosto de 2013

O CORDÃO DE TRÊS DOBRAS NÃO SE QUEBRA

Ec 4.1-12
Os males e as tribulações da vida
1 Depois, voltei-me e atentei para todas as opressões que se fazem debaixo do sol; e eis que vi as lágrimas dos que foram oprimidos e dos que não têm consolador; e a força estava da banda dos seus opressores; mas eles não tinham nenhum consolador.
2 Pelo que eu louvei os que já morreram, mais do que os que vivem ainda.
3 E melhor que uns e outros é aquele que ainda não é; que não viu as más obras que se fazem debaixo do sol.
4 Também vi eu que todo trabalho e toda destreza em obras trazem ao homem a inveja do seu próximo. Também isso é vaidade e aflição de espírito.
5 O tolo cruza as suas mãos e come a sua própria carne.
6 Melhor é uma mão cheia com descanso do que ambas as mãos cheias com trabalho e aflição de espírito.
7 Outra vez me voltei e vi vaidade debaixo do sol.
8 Há um que é só e não tem segundo; sim, ele não tem filho nem irmã; e, contudo, de todo o seu trabalho não há fim, nem os seus olhos se fartam de riquezas; e não diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isso é vaidade e enfadonha ocupação.
9 Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.
10 Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante.
 11 Também se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?
12 E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Como saber se somos de fato filhos de Deus?

“Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em o nome de   Jesus, os soltaram”.                                                                                                                                           “E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome.” (At 5.40,41)
 Por que os apóstolos se regozijaram pelo fato de terem sofrido por causa do testemunho que davam do nome de Jesus?
 O próprio texto responde: por terem sido considerados por Deus dignos de sofrer por causa de Cristo.
 Este regozijo se explica pelo motivo de que é justamente pelos sofrimentos e perseguições sofridos por causa de Jesus, que se comprova que somos de fato eleitos de Deus.
 Veja o que Paulo diz em Fl 1.28-29: Fp 1:28 e que em nada estais intimidados pelos adversários. Pois o que é para eles prova evidente de perdição é, para vós outros, de salvação, e isto da parte de Deus.
Fp 1:29 Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele,
Fp 1:30 pois tendes o mesmo combate que vistes em mim e, ainda agora, ouvis que é o meu.
Ora, os que perseguem têm em sua perseguição uma prova evidente de que permanecem perdidos e sem salvação, mas os que são perseguidos por causa do testemunho que dão do evangelho, têm a demonstração da graça que lhes foi concedida para serem tornados filhos de Deus, porque Ele determinou antes da fundação do mundo, que todos aqueles que viessem a pertencer a Jesus, participariam também dos mesmos sofrimentos que Ele padeceu em Seu ministério terreno, porque importa que os crentes estejam em tudo conformados e identificados ao Senhor deles, quer no que se refere às aflições, à ressurreição e a glorificação.
 Por isso se lê o que está em Rm 8.29,30:Rm 8:29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
Rm 8:30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.
 Ou seja, os que são de Cristo foram eleitos segundo a presciência de Deus, para estarem em tudo identificados com Cristo, isto é, serem conformados à Sua imagem, tanto no que se refere aos Seus sofrimentos, quanto à Sua glória.
 Os que participam dos sofrimentos têm neles a prova da sua filiação a Deus, e portanto a garantia que participarão também da Sua glória.
 Por isso o apóstolo Paulo diz em 2 Tm 2.11,12:2 Tm 2:11 Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com ele;
2 Tm 2:12 se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará;
É pela prova das perseguições e sofrimentos que padecemos por causa do nosso testemunho do evangelho, perseverando na fé em meio a estas perseguições e sofrimentos, que temos a certeza de que reinaremos juntamente com Cristo.
Mas os que negam o nome do Senhor, no comportamento que demonstram nas aflições e tribulações, podem estar certos de que não pertencem a Ele, e que Ele também negará que os conhece no dia do grande Juízo Final de Deus.
À luz destas afirmações, podemos entender melhor o que Paulo diz em II Tes 1.3-8:
 2 Ts 1.3 Irmãos, cumpre-nos dar sempre graças a Deus no tocante a vós outros, como é justo, pois a vossa fé cresce sobremaneira, e o vosso mútuo amor de uns para com os outros vai aumentando,
2 Ts 1:4 a tal ponto que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da vossa constância e fé, em todas as vossas perseguições e nas tribulações que suportais,
2 Ts 1:5 sinal evidente do reto juízo de Deus, para que sejais considerados dignos do reino de Deus, pelo qual, com efeito, estais sofrendo;
2Ts 1:6 se, de fato, é justo para com Deus que ele dê em paga tribulação aos que vos atribulam
2Ts 1:7 e a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder,
2Ts 1:8 em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus.
Pedro também nos ensina aquilo que os apóstolos haviam aprendido de Cristo, e que Ele lhes havia ordenado que fosse passado à Igreja.
1Pe 2:18 Servos, sede submissos, com todo o temor ao vosso senhor, não somente se for bom e cordato, mas também ao perverso;
1Pe 2:19 porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus.
1Pe 2:20 Pois que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso, o suportais com paciência? Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus.
1Pe 2:21 Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos,
Veja como o apóstolo declara que é grato a Deus, ou seja, que foi do Seu agrado que os crentes estivessem associados aos sofrimentos do Seu Filho Unigênito, conforme havia planejado desde antes dos tempos eternos.
Pois assim como Jesus foi submisso e amou em todas as circunstâncias difíceis, e permaneceu inteiramente fiel à vontade do Pai, assim também devem ser todos os que são Seus filhos.
Daí o dever de demonstrarem isto de modo prático, estando submissos àqueles que lhes foi ordenado por Deus, ainda que sejam perversos.
A atitude de suportar tais sofrimentos é explicada: por motivo de consciência para com Deus. Ou seja, os crentes têm consciência, ou pelos menos deveriam ter, sobre o plano eterno de Deus para que sejam mansos, obedientes, submissos, amorosos, seguindo o exemplo de Cristo, nos sofrimentos e perseguições que sofrem neste mundo, por causa do seu amor à verdade do evangelho.
 E finalmente, podemos ver esse ensino de Pedro sendo reafirmado por Ele em              I Pe 4.12-16:                                                                                                                                        1Pe 4:12 Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo;1Pe 4:13 pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.1Pe 4:14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.                                                                                                                             1Pe 4:15 Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem;                                                                                             1Pe 4:16 mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome.
Por isso Jesus disse que os crentes teriam o legado de sua paz, junto do legado de aflições que teriam que suportar, em razão de terem sido tornados filhos de Deus.
E daí a razão de ter declarado também que aquele que estivesse apegado à sua vida iria perdê-la, porque a filiação a Deus demanda esta necessidade de suportar perseguições e sofrimentos, com paciência, permanecendo na paz de Deus, porque isto somente pode ser conseguido pelo poder do Espírito Santo, que será portanto a prova evidente de que não estamos de fato mais na carne, reinando o pecado em nós de forma absoluta, mas no Espírito, que destruirá progressivamente em nós o pecado e as obras da carne.
À luz destas verdades bíblicas, como você e eu, entenderemos e aceitaremos as doutrinas do “pare de sofrer”, do uso da fé para evitar o sofrimento, do se buscar a Cristo para ter apenas as chamadas bênçãos com sabor de mel e por aí afora?
Reflita bem, e considere o plano eterno de Deus para todos os que são Seus.
Por esse plano maravilhoso podemos saber afinal, se somos de fato Seus filhos, ou bastardos, porque estes, de fato, não estão sujeitos à disciplina, às correções de Deus, e nada têm que demonstrar que estão plenamente identificados com Cristo no que se refere aos Seus sofrimentos.

Temer a Deus, Medo ?

Texto: Mt 10.28b
Temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno
tanto a alma como o corpo.”  

A expressão: “temer a Deus”; ouve-se com grande frequência nas igrejas. Pastores e Professores de Escola Dominical estão sempre fazendo referência. Mas infelizmente, muitos não conseguem compreender verdadeiramente o que ela quer dizer.
Quando se ouve a palavra “temer” de imediato a associamos a: Medo ou Receio. A nossa ideia é que devemos ter receio (medo) de Deus.
 No entanto, este é um enfoque errado para a palavra “temer”. Quando a Bíblia em algumas dezenas de texto refere-se, a Temor a Deus. Não está afirmando literalmente que o homem deve estar com medo e cheio de receio em relação a Ele. Mas, que deve haver um “sentimento” de reverência e respeito ao Senhor.

“Temer a Deus” é, portanto, Reverenciar ou Respeitar ao Criador.
 E este sentimento de Reverência e Respeito é uma prática que deve ser desenvolvida pelos Servos do Senhor. Todos aqueles que querem viver uma vida santa e irrepreensível deve observá-las, esta é uma ordem.
Veja:
 "Andareis após o SENHOR, vosso Deus, e a ele temereis; guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele vos achegareis." Dt 13.4;
"vós que temeis o SENHOR, louvai-o; glorificai-o, vós todos, descendência de Jacó; reverenciai-o, vós todos, posteridade de Israel" Sl 22.23;
"De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem." Ec 12.13 e
"Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei." 1Pe 2.17.
 É extremamente importante na vida do Santo, verdadeiramente, indispensável.
 A Bíblia apresenta uma série de texto que versa sobre o tema. Inclusive Salomão de forma didática ensina em Provérbios  como deve ser o proceder do homem para conhecer o significado de temer a Deus e ainda, como alcançá-la. Pv 2.3-5 ("e, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do SENHOR e acharás o conhecimento de Deus.")
 Deus é o autor deste sentimento e Ele mesmo colocou nos corações dos seus escolhidos ("Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos. Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim." Jr 32.39,40), é uma prática que deve ser desenvolvida no dia-a-dia. Jamais se deve esquecer que a Ele seja o temor. ("Ao SENHOR dos Exércitos, a ele santificai; seja ele o vosso temor, seja ele o vosso espanto." Is 8.13)
Temer, reverenciar ou respeitar ao Senhor implica inicialmente em odiar o mal ("O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os aborreço." Pv 8.13). É virar-se contra o pecado, deixando nascer dentro do coração uma sensibilidade ao Espírito Santo, grande o suficiente para dizer não aos apelos da carne e à voz do maligno.

O Temor ao Senhor é descrito como:
 a) Sabedoria:
"O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece para sempre." (Sl 111.10);
b) Esperança:
"Melhor é o pouco, havendo o temor do SENHOR, do que grande tesouro onde há inquietação." (Pv 15.16);
c) Tesouro:
"Haverá, ó Sião, estabilidade nos teus tempos, abundância de salvação, sabedoria e conhecimento; o temor do SENHOR será o teu tesouro." (Is 33.6);
Fonte de Vida (Pv 14.27);
d) Eterno:
"O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos." (Sl 19.9);
e) Necessária no Servir:
"Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor." (Hb 12.28, 29)

Deve-se cultivar o temor a Deus, por diversos motivos, veja alguns:
 a) Devido à Santidade
"Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos." (Ap 15.4);
b) Sua Grandiosidade e Poder
"Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR requer de ti? Não é que temas o SENHOR, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma," (Dt 10.12);
c) Pelo Perdão
"Contigo, porém, está o perdão, para que te temam." (Sl 130.4);
d) Obras Extraordinárias
"Porque o SENHOR, vosso Deus, fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o SENHOR, vosso Deus, fez ao mar Vermelho, ao qual secou perante nós, até que passamos. Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do SENHOR é forte, a fim de que temais ao SENHOR, vosso Deus, todos os dias." (Js 4.23,24);
e) O Juízo
"dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas." (Ap 14.7);
f) Bondade
"Tão somente, pois, temei ao SENHOR e servi-o fielmente de todo o vosso coração; pois vede quão grandiosas coisas vos fez." (1Sm 12.24);
g) Comum aos Santos
"Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros; o SENHOR atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do seu nome." (Ml 3.16);
h) Uma Alegria
"Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor." (Sl 2.11).

Sem temor, é impossível:
 a) Adorar a Deus
"porém eu, pela riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa e me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor." (Sl 5.7;)
"Deus é sobremodo tremendo na assembléia dos santos e temível sobre todos os que o rodeiam." (Sl 89.7);
b) Servir
"Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor." (Sl 2.11)
"Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor." (Hb 12.28,29);
c) Evitar o Pecado
"Respondeu Moisés ao povo: Não temais; Deus veio para vos provar e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis." (Ex 20.20)
d) Crescer na Santidade
"Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus." (2Co 7.1);

O temor a Deus é tão necessário quanto alimentar-se e o vestir-se!
 Quando se toma posse desta realidade e a exercita continuamente, é possível vencer o mal, as tentações e contemplar a glória do Pai.

O homem temente a Deus é:
 a) Agradável a Deus
"Agrada-se o SENHOR dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia." (Sl 147.11);
b) Tem Sua Compaixão
"Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem... Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem... Mas a misericórdia do SENHOR é de eternidade a eternidade, sobre os que o temem, e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos," (Sl 103.11,13,17)
"A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem." (Lc 1.50)
c) Aceito
"aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável." (At 10.35);
d) Abençoado
"Aleluia! Bem-aventurado o homem que teme ao SENHOR e se compraz nos seus mandamentos." (Sl 112.1)
"Ele abençoa os que temem o SENHOR, tanto pequenos como grandes." (Sl 115.13);
e) Confiante
"Confiam no SENHOR os que temem o SENHOR; ele é o seu amparo e o seu escudo." (Sl 115.11)
"No temor do SENHOR, tem o homem forte amparo, e isso é refúgio para os seus filhos." (Pv 14.26);
f) Inimigo do Mal
"Pela misericórdia e pela verdade, se expia a culpa; e pelo temor do SENHOR os homens evitam o mal." (Pv 16.6);
g) Agradável no Falar
"Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros; o SENHOR atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do seu nome." (Ml 3.16);
h) Corajoso
"Não chameis conjuração a tudo quanto este povo chama conjuração; não temais o que ele teme, nem tomeis isso por temível. Ao SENHOR dos Exércitos, a ele santificai; seja ele o vosso temor, seja ele o vosso espanto." (Is 8.12,13);
i) Dias Prolongados
"O temor do SENHOR prolonga os dias da vida, mas os anos dos perversos serão abreviados." (Pv 10.27).
 Quem não possui o Temor a Deus em sua vida e foi despertado para esta necessidade de tê-lo deve buscá-lo, orando diante do trono de Deus e receberá.
 “Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; dispõe-me o coração para só temer o teu nome.” Sl 86.11

O Temor é uma qualidade visível e contínua na vida:
 "Servos, obedecei em tudo ao vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão-somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor." Cl 3.22;
"santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós," 1Pe 3.15;
"E, perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o SENHOR, teu Deus, todos os dias." Dt 14.23;
"Porque o SENHOR, vosso Deus, fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o SENHOR, vosso Deus, fez ao mar Vermelho, ao qual secou perante nós, até que passamos." Js 4.23;
"Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes, no temor do SENHOR perseverarás todo dia." Pv 23.17
 É preciso alertar e ensinar aos que não o possui. veja: Sl 34.11
 Os ímpios são destituídos do Temor a Deus:
 Os ímpios estão destituídos deste sentimento! Pois para possuí-lo é indispensável conhecer a Deus e observar seus princípios. 
"Há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos." Sl 36.1;         
"Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR;" Pv 1.29;
"A tua malícia te castigará, e as tuas infidelidades te repreenderão; sabe, pois, e vê que mau e quão amargo é deixares o SENHOR, teu Deus, e não teres temor de mim, diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos." Jr 2.19;
"Não há temor de Deus diante de seus olhos." Rm 3.18

Homens que foram tementes a Deus:

Nas Páginas Sagradas encontra-se exemplos de homens preciosos que viveram em temor, e foram grandiosamente recompensados pelo Senhor. Por exemplo:
a) Abraão
"Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho." (Gn 22.12);
b) José
" Ele não é maior do que eu nesta casa e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?" (Gn 39.9);
c) Obadias
"Poderá ser que, apartando-me eu de ti, o Espírito do SENHOR te leve não sei para onde, e, vindo eu a dar as novas a Acabe, e não te achando ele, me matará; eu, contudo, teu servo, temo ao SENHOR desde a minha mocidade." (1Rs 18.12);
d) Neemias
"Mas os primeiros governadores, que foram antes de mim, oprimiram o povo e lhe tomaram pão e vinho, além de quarenta siclos de prata; até os seus moços dominavam sobre o povo, porém eu assim não fiz, por causa do temor de Deus." (Ne 5.15);
e) Jó  
"Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal...Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal." (Jó 1.1,8);
f) Cornélio
"piedoso e temente a Deus com toda a sua casa e que fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a Deus." (At 10.2) 
g) Noé
"Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé." (Hb 11.7)

Entre muitos outros, tais como: Elias, Davi, Discípulos, Paulo, etc.
 Não pode-se viver o evangelho pela metade, é preciso vivê-lo na totalidade. Seja temente, Reverencie e Respeite ao Pai.
“Não que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.” Fp 3.12

domingo, 11 de novembro de 2012

O QUE FAZER QUANDO CHEGAR O DIA MAL?



 15 atitudes que devemos ter
 TEXTO BASE: Eclesiastes 12:01
Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;
 Parte B do Versículo acima
Você sabe o que é um dia mal?
Já teve um dia desses em que nada dá certo? JESUS poderia ter dado uma palavra mais animadora. Dia mal não escolhe dia, nem local e nem pessoa. Pode ocorrer no local do trabalho, em casa, na rua. Em situações das mais diversas, tais como a morte de alguém que amamos; quando o médico dá o diagnóstico positivo sobre a presença de uma doença; quando o cônjuge diz que acabou e não dá mais; etc.
Tem pessoas que recorrem a qualquer coisa para tentar descobrir o que o futuro lhes reserva
A seção de horóscopo dos jornais é usada pelos incautos como uma maneira de saber se terão ou não um dia mal. Conheço alguém que ao receber a notícia do seu "guia espiritual" sobre um possível acidente naquele dia, ela não saiu de casa faltando inclusive ao trabalho. Esses envolvimentos espirituais (consultas), são condenados pela Bíblia (Deuteronômio 18:14 "Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o SENHOR teu Deus não permitiu tal coisa.").
Há pessoas que estão vivendo dias mal, não apenas alguns dias mas semanas, meses e até anos. Vivemos uma época muito difícil, aonde os problemas vão se acumulando e cada um vai vivendo seu individualismo, e assim, de tragédia em tragédia, de enxurrada de problemas e de notícias ruins diárias, somos oprimidos e deprimidos todos os dias.
Para alguns a vida tornou-se quase que insustentável. A depressão tornou-se a doença mais comum em todas as camadas sociais.
Analisando a vida, e neste contexto, veio-me a seguinte pergunta: O que fazer quando chegar o dia mal? Será que há algo que possamos fazer antes, a fim de prevenir ou quem sabe, evitar o dia mal?
Creio que o Senhor JESUS CRISTO, na sua vida, morte de cruz e ressurreição é o único capaz de responder estas indagações dos nossos corações. Quando vivemos em comunhão com JESUS, somos avisados, guardados e protegidos, mas não somos livres do dia mal - que chega para todos. O nosso consolo e segurança é saber que JESUS está conosco e nos ajuda atravessar de cabeça erguida quando chegar este dia mal.
A Palavra de DEUS, a Bíblia, expressa a vontade de DEUS para todo ser humano. A Bíblia é muito mais que um livro histórico e religioso, ela é vida e segurança por meio da fé em CRISTO.
Quero compartilhar com você, 15 atitudes que encontrei na Bíblia sobre o que fazer quando chegar o dia mal, e espero que lhe seja de grande ajuda. Vamos analisar como alguns personagens da Bíblia, de carne e osso como você e eu, enfrentaram o seu dia mal.
JESUS CRISTO – Marcos 14:32-35
 1. Cerque-se de amigos de verdade.
Quando enfrentamos o dia mal, a presença dos amigos de verdade é de grande ajuda e conforto. Amigo de verdade é alguém que você pode compartilhar seu coração, alguém que vai orar com e por você, alguém que não ficar chateado quando você procurá-lo para conversar a qualquer hora do dia, alguém que vai consolá-lo e não criticá-lo, alguém que aconselha com amor e está interessado no seu bem estar, alguém que também sofre com você, enfim, é alguém que te ama de verdade, não apenas de palavras. Em I Tess. 5:11 " Consolai-vos pois uns aos outros e edificai-vos reciprocamente."
Você tem amigos ? Estes amigos são amigos de verdade ou apenas conhecidos? Cultive amizades sadias e verdadeiras, e isso requer tempo, disposição, renúncia e acima de tudo interesse amoroso pelas pessoas. Ser amigo de verdade atrai amigos de verdade. Não é tirar proveito dos outros, como alguns "amigos" fazem, mas é também ser alguém que os outros possam contar.
JESUS no seu dia mal, cercou-se com seus discípulos (amigos) mais próximos, Pedro, Tiago e João. Ele pode buscar este conforto e contava com eles.
 2. Abra o seu coração sem reservas ou máscaras. Seja verdadeiro.
Procure aconselhamento com pessoas que possam ajudá-lo, especialmente como seu pastor. Tenha alguém em que você possa confiar, para que você receba ministração sobre sua vida. Alguém para ouvir e orientar. A primeira reação quando passamos pelo dia mal é de nos fecharmos. Não queremos conversar, para não nos expormos as críticas e
avaliações que as pessoas fazem, e muitas vezes maldosamente nos colocam em situações muito difícil se aproveitando daquele momento que atravessamos.                                                                                                                                                                  Um dos ministérios mais importante da igreja é o pastoral, portanto converse com o pastor e abra o seu coração com alguém que pela unção do ESPÍRITO SANTO pode ajudá-lo a enfrentar este dia mal. Outro conselho que lhe dou é procure ouvir seus pais e irmãos. Um bom conselheiro é alguém que tem temor de DEUS.
JESUS disse a Pedro, Tiago e João que a sua alma estava triste até a morte, ou seja, abriu seu coração e contou a verdade dos seus sentimentos, e lhes pediu para ficarem com Ele e vigiassem.
 3. Creia que à vontade de DEUS é melhor que a sua.
Quando passamos pelo dia mal, temos a impressão que DEUS não está no controle e quem passa a controlar é Satanás. Não conseguimos perceber qual é o propósito do sofrimento daquele dia mal. Em função disso, a nossa fé fica abalada e tornamo-nos pessoas inseguras e então procuramos com a nossa limitada capacidade resolver os problemas que tornaram aquele dia mal. Frustração é o que encontramos depois de despendermos todos os nossos esforços para tentar reverter aquele dia mal.
JESUS nos dá uma lição singela e profunda sobre a vontade de DEUS. Ele diz ao Pai que seja tudo conforme a sua vontade. JESUS nos ensina que o nosso querer, especialmente no dia mal, deve ser colocado de lado, e devemos confiar plenamente na soberania e governo de DEUS sobre nossas vidas.
Satanás não tem controle sobre a minha vida, e quando estou vivendo um dia mal, eu confio no Senhor, pois sei que Ele está no controle da situação. Desde do dia em que entreguei minha vida para JESUS eu sei que a vontade dEle é que tem me sustentado. Romanos 8:28: " Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados segundo o seu propósito."
 4. Cultive uma vida de oração.
As pessoas de uma maneira geral, somente oram quando chega o dia mal. Procuram a DEUS para resolver os seus problemas mais emergentes, e quando conseguem simplesmente se afastam de DEUS. A oração é apenas pedir.
JESUS, mesmo sendo filho de DEUS, cultivava uma vida de oração, e a reação normal Dele quando chegou o dia mal foi orar ao Pai. Observe que a oração de JESUS foi um diálogo aberto e sincero com o Pai, ou seja, por cultivar uma vida de oração, JESUS nos ensina que oração também é abrir coração, é demonstrar confiança em DEUS, é confiar na vontade do Senhor, é desejar que à vontade de DEUS prevaleça em nossas vidas, é comunhão com Pai, é relação pai x filho.
Quando JESUS foi solicitado pelos discípulos para que os ensinasse a orar, a primeira frase da oração foi: “Pai nosso que estás nos céus..." (Mateus 6:9) Somente pode ensinar a orar aquele que cultiva uma vida de oração. Oração é tão essencial como o ar é para nós. Oração é preventivo seguro para enfrentarmos o dia mal. I Tess. 5:17: "Orai sem cessar."
 5. Faça da adoração ao Senhor uma demonstração da sua fé no governo perfeito Dele.
A gratidão é a demonstração mais direta da nossa fé em meio a circunstancias mais adversas que possamos viver. Quando enfrentamos o dia mal devemos ter uma atitude de gratidão a DEUS por tudo que Ele tem feito e sido em nossas vidas. A nossa reação comum é de reclamação e de culparmos a DEUS por aquilo que estamos passando, e por causa desta atitude nos afastamos da Igreja, paramos de orar e de ler a bíblia, e largamos a fé em JESUS. Fazemos exatamente o que Satanás deseja, demonstramos desconfiança total na bondade e no amor de DEUS para conosco.
Jó tinha todos os motivos para amaldiçoar a DEUS, mas ele preferiu não agir como todo mundo agiria, ele preferiu agradecer a DEUS. Parece loucura aos olhos daqueles que não conhecem a JESUS, mas esta atitude agrada o coração de DEUS e abrevia o dia mal. I Tess. 5:18: " Em tudo dai graças pois esta é à vontade de DEUS em CRISTO JESUS para convosco."
 6. Não procure culpado, especialmente DEUS.
Quando enfrentamos o dia mal, na maioria das vezes ficamos procurando um culpado, e quase sempre culpamos a DEUS. Porque que DEUS permitiu? Eu não merecia isso? O que foi que eu fiz para merecer isso?, etc, são algumas das indagações que passam pelo nosso coração nessas horas. É uma tendência normal procuramos alguém para "jogar" a culpa, e isso é errado.  Não procure culpados, apenas aprenda com o que está acontecendo. Tire lições para a sua vida. Se há um culpado, quem sabe não somos nós mesmos???
Jó não pecou e nem atribui a DEUS culpa alguma, isso é uma lição profunda para nós quando estivermos passando pelo dia mal. Gálatas 6:7b: "...tudo que o homem semear certamente colherá."
 7. Não deposite confiança nas "coisas" que você possui.
Vivemos numa sociedade materialista e consumista, e geralmente somos apegados as "coisas" que conquistamos, e deixamos num segundo plano as pessoas. As coisas são mais importantes que as pessoas, este é o ensino subliminar que move o coração da nossa sociedade. Quando o dia mal chega e as "coisas" começam a se perder entramos então em desespero, pois depositamos confiança nelas. Estamos mais preocupados em ajuntar tesouros aqui nesta Terra do que nos céus. As pessoas estão mais preocupadas com o material e deixam de lado o espiritual, e quando se importam com o espiritual, buscam experiências espirituais condenadas pela Bíblia. Tudo que é material vai ficar aqui quando morrermos, então porque tanta ansiedade por adquirir e possuir as "coisas”? Mais importante que as "coisas" são as pessoas!!!
Jó nos ensina pelo menos uma verdade absoluta: Nu viemos a este mundo e nu sairemos dele. Façamos uso das "coisas" que DEUS nos permitir ter, mas não deixemos que as "coisas" dominem a nossa vida, a ponto de depositarmos nelas a nossa confiança e segurança. Mateus 6:19-21: " Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde os ladrões escavam e roubam, mas ajuntai para vós outros, tesouros no céu, onde a traça nem ferrugem corroem, e onde ladrões não escavam, nem roubam, porque onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração." Mateus 16:26: " Pois o que aproveitará o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida..."
 8. Chore diante do Senhor e não fique se lamentando.
Uma das primeiras reações que temos quando passamos pelo dia mal é chorarmos.
As lágrimas caem fáceis e demonstram como está o nosso estado de espírito. A tristeza, a dor, o sentimento de fragilidade e incapacidade, o sofrimento pela perda, etc, como que uma avalanche, fazem com que as lágrimas rolem pelo rosto.
O rei Ezequias no seu dia mal, reagiu como você e eu reagiríamos, ele se virou para parede e chorou, mas observe que ele chorou para a pessoa certa, DEUS! Esta é uma lição maravilhosa. Chorar para DEUS é uma demonstração de fé, confiança, esperança e também de que estamos sofrendo, mas aguardamos a consolação que vem Dele. Salmos 126:5: "Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão." Salmos 56:8: “... recolhestes as minhas lágrimas no teu odre, não estão elas inscritas no teu livro?"
Faça das suas lágrimas uma escada até o coração de DEUS. As nossas lágrimas quando lançadas diante do Senhor, transformam-se em orações que podem ser respondidas. As de Ezequias foram vistas por DEUS. II Coríntios 6:10: "...entristecidos mas sempre alegres..."
Mesmo nas lágrimas, mantenha uma atitude alegre por FÉ.... As coisas vão mudar! O dia mal vai passar em nome do Senhor JESUS.
 9. Creia que DEUS pode e quer realizar milagres na sua vida.
Não podemos jamais entrar pelo caminho da incredulidade quando chegar o dia mal, pelo contrário, devemos trilhar com firmeza o caminho da fé verdadeira em CRISTO JESUS. A incredulidade é a dúvida na bondade de DEUS para conosco e na capacidade Dele em resolver os nossos problemas. A incredulidade impede DEUS de nos abençoar, pois é necessário que acreditemos em DEUS e no desejo profundo e verdadeiro Dele em nos abençoar.
A nossa reação humana e natural diante do dia mal é lamentar e chorar, e muitos ainda se afastam de DEUS, pois o culpam por ter deixado tal dia chegar. Quantos não estão por aí desanimados, entristecidos, distantes, derrotados, amargurados, etc, pois deixaram que a incredulidade e a desesperança tomassem conta de tudo e não conseguem reagir a isso.
Quando conhecemos o único DEUS verdadeiro, que é JESUS CRISTO, passamos a experimentar pela fé de uma segurança tão grande Nele e uma paz interior tão profunda que também vem Dele, que nossa reação diante do dia mal vai mais além do que a maioria das pessoas faria, nós então elevamos a DEUS palavras de ORAÇÃO ao Senhor.
O rei Ezequias orou ao Senhor no mais profundo do seu coração ferido pelo dia mal, e diz o texto que o Senhor ouviu a sua oração e viu a as suas lágrimas. Isto é lindo e demonstra que DEUS vela por nós de verdade. A resposta de DEUS foi imediata, e não somente o curou como também acrescentou 15 anos a vida de Ezequias, prometendo-lhe vitória sobre seus inimigos.
Hebreus 11: 6: "De fato, sem fé é impossível agradar a DEUS, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam."
Quando chegar o dia mal busque a JESUS CRISTO de todo o seu coração. Não se afaste Dele nem da sua Igreja. Faça oração ao Pai em nome de JESUS CRISTO. DEUS tem poder e pode fazer o milagre que você precisa!
 10. Creia que o dia mal é passageiro.
Uma outra tendência nossa é achar que o dia mal vai durar para sempre. Isto não é verdade. Como diz um ditado popular : "Na lotação da vida, DEUS é motorista e tudo o mais é passageiro". Quantos estão vendo seu dia mal se transformar em semanas, meses e anos? Apesar de o tempo algumas vezes conspirar contra nós, devemos ter no nosso coração que o dia mal não será para toda vida. Creio que enquanto o dia mal não passa, devo aproveitar para tirar lições para minha vida. Penso que a brevidade ou não do dia mal está intimamente ligado ao meu aprendizado e crescimento no meio de todo o sofrimento.
O apóstolo Paulo sabia que o seu dia mal iria passar, pois DEUS havia lhe dito que somente a carga e o navio iriam se perder, mas todos os passageiros seriam salvos.
DEUS sempre traz o consolo ao nosso coração, especialmente no dia mal, pois é justamente nestes momentos da vida que queremos que não cheguem, mas se chegarem que passem rapidamente. Ninguém gosta de sofrer, mas devemos ter bom animo e não desanimar, pois os sofrimentos vindos da parte de DEUS nos fazem crescer. Romanos 8:33: " Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada."
Não somente o dia mal é passageiro como também é tempo de aprendizado e crescimento, e trará mais bênçãos ainda sobre as nossas vidas.
 11. Tenha bom ânimo, não se deixe levar pelo desânimo.
Quão facilmente deixamos que o desanimo tome conta dos nossos corações quando o dia mal chega, se instala e não quer sair. Creio que o desanimo é a arma mais eficaz que Satanás usa contra as pessoas, e pela covardia ele a usa quando estamos mais vulneráveis e fragilizados, sendo aí que o desanimo se instala, pois sabe que não será prontamente combatido.
Como ter bom animo quando chegar o dia mal? Talvez seja esta a nossa pergunta agora. A resposta é confiando na soberania, governo e poder de JESUS CRISTO na sua vida. Não creia nas mentiras que são colocadas nas nossas mentes e nas emoções, pois JESUS venceu o mundo, a carne e Satanás, portanto através Dele nós podemos descansar confiando na providencia celestial para as nossas vidas.
O texto fala que eles, inclusive Paulo, perderam todas as esperanças de serem salvos, o desanimo tomou conta. Em meio aos desanimados, eles tinham até motivos para se sentirem assim, Paulo aconselha a todos eles, pois apesar do barco está afundando, eles devem ter bons animo. Bom animo, pois DEUS o consolou e lhe garantiu a vitória. Ter bom animo é demonstração de fé no meio da tempestade do dia mal. João 16:33b: "...no mundo tereis aflições, mas tende bom animo, eu venci o mundo."
 12. Creia que para DEUS as pessoas são mais importantes que as coisas.
Nós estamos tão apegados as coisas que nos esquecemos que não levaremos nenhuma delas daqui. Como já dizia um escritor: "A única coisa certa na vida é a morte".
DEUS sempre se importou conosco! Ele jamais se esqueceu de nós! Você e eu somos muito importantes para DEUS, tanto é verdade que Ele enviou seu único filho para morrer em nosso lugar para que tivéssemos vida abundante, apesar de não merecermos isso. Ele nos amou primeiro sendo nós ainda seus inimigos por causa do pecado.
DEUS tem derramado muita graça sobre nós. DEUS disse para Paulo que somente a carga e o navio iriam se perder, mas as pessoas, todas elas, seriam salvas. Haviam pessoas ali que não mereciam. Isso é graça de DEUS. Favor que não se merece, mas por amor a nós, Ele nos dá vitória e não nos deixa naufragar no dia mal. DEUS usa o dia mal para fazer naufragar algumas coisas em nossas vidas, ou para que nós mesmos joguemos fora algumas cargas que carregamos, pense nisso. Lucas 18:7 "Não fará DEUS justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo que depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará porventura fé na terra?"
 13. Creia que na aparente derrota e perda, tudo é para o nosso bem.
O amargo sentimento de derrota chega tão rapidamente quando o dia mal se apresenta nas nossas vidas. O fracasso, a incapacidade de reagir, a luz no final do túnel que não vemos tudo vai cooperando para abrigarmos este sentimento tão ruim nos nossos corações, que também pode gerar medos e traumas.
O navio afundando, apesar de todos os esforços. Toda carga perdida, ocasionando um prejuízo financeiro enorme para os seus donos. A desesperança e o desanimo tomando forma no coração de todos. Noites sem dormir e sem comer, pois o medo e ansiedade, além da escuridão em que os fatos foram se desenvolvendo. Tudo cooperava para uma derrota de todos, inclusive de Paulo. DEUS estava derrotado, pois a derrota de Paulo também seria Dele? Quando somos derrotados, DEUS também é, mas será que é esta à vontade de DEUS para nós? De maneira nenhuma DEUS é derrotado!! Então porque às vezes nos sentimos derrotados diante das circunstancias da vida? Creio que DEUS permite que aparentes derrotas e perdas aconteçam em nossas vidas para nos fazer mudar e crescer. No final, a vontade de DEUS sempre será realizada, por mais que Satanás se oponha a ela.
Paulo poderia questionar a DEUS, pois o Senhor havia lhe falado que ele ira para Roma (Atos 23:11). O sentimento de derrota e fracasso devem ter oprimido o coração de Paulo. Observe o cuidado de DEUS ao enviar um anjo para levar uma mensagem de animo e fé dizendo para Paulo ficar em paz pois eles todos iriam dar numa ilha e assim depois chegariam em Roma.
DEUS transformou o sentimento de perda e fracasso em uma vitória tremenda na vida de Paulo, pois eles foram dar numa ilha, Malta, e ali Paulo foi usado por DEUS para curar e abençoar os moradores daquela ilha, e a seguir puderam continuar a viagem até Roma. DEUS nunca é derrotado, e nós com Ele somos mais que vencedores. Os propósitos do Senhor se cumprem um a um cabalmente. Romanos 8:28 "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." Romanos 8:37 "Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou."
 14. DEUS envia ministros seus para revelar sua vontade e trazer paz, renovar a paz e revigorar o animo.
Quão bom é saber que quando dia mal chegar o Senhor enviará ministros seus para nos abençoar e pelo ESPÍRITO SANTO podemos ser renovados, revigorados e fortalecidos. Infelizmente, muitos ainda não descobriram isso.
Para Paulo foi enviado um anjo do Senhor. Talvez para você que está agora passando por um dia mal, e pela graça, amor e misericórdia de DEUS, venha Ele permitir que eu seja como um anjo do Senhor para você e esta mensagem um bálsamo de DEUS. Salmos 34:7: "O anjo do Senhor acampa a volta dos que o teme e os livra (guarda)."
  15. Saiba a quem você pertence a quem você serve.
Paulo disse que o DEUS a quem ele serve e de quem ele pertence o livraria daquele dia mal. Você pode dizer o mesmo?
Querido existe um dia mal para cada pessoa, e que ele não está em nossa agenda. Se ainda não foi, prepare-se porque ele chega e se já está sendo se prepare porque vem o azeite. Quando o dia mal chega, que geralmente não estamos preparados, são difíceis, triste, muitas  vezes solitários, e temos que entender isso, pois se não entendermos isso, não estaremos preparados para o dia mal.
Irmão o dia mal vem para separar os dois grupos de cristãos, aqueles que glorificam a Deus pelo aquilo que vai dar, ou aqueles que glorificam a Deus pelo aquilo que Ele já deu. O dia mal vem para o Senhor colocar você em uma balança, e ver ser você o serve por causa de troca se Ele fizer eu faço aquilo, ou se você mesmo não recebendo nada em troca, levanta as mãos para o alto e da Glória a Deus.
O sol nasce para todos. A diferença é de como passar pelo vale! O ímpio passa sozinho, mais você tem alguém do lado para lhe acompanhar. Se você está no dia mal tenho algo da parte de Deus: Parabéns. Pois você foi escolhido por Deus para se aprovado, na vida do cristão que não acontece a mando de Deus, acontece com permissão Dele, Ao não ser que Deus permita, e Deus só permite que o diabo toque em você quando Ele saber que você vai vencer, calma, não se desespere, não troque Jesus, não abandone a Cruz
Não existe nenhuma algema que prenda o espírito de um adorador. Hoje começa a nascer um novo tempo entre você e Deus, aqueles que te olhavam de cima para baixo, a partir de hoje vão ter que te olhar de baixo para cima, você é filho de Deus!!
Se o dia mal roubou seus sonhos, se o dia da tribulação roubou suas esperanças, Deus vai ressuscitá-los hoje!!!
Creia ele é poderoso pra fazer isso.

sábado, 22 de setembro de 2012

O CHAMADO EFICAZ

Esta é uma das verdades mais negligenciadas da Bíblia. Falava-se muito sobre este assunto no passado. Também no tempo de Spurgeon e outros; mas, hoje, só aqui e ali se ouve uma voz a clamar esta doutrina bíblica. Até nos atrevemos a dizer que nove entre dez membros da igreja nem mesmo iriam opinar em relação a esta verdade bendita.
A palavra “chamado” é usada, às vezes, para expressar o ato de nomear. Por exemplo: em Mateus 1:21 lemos: “chamarás o seu nome JESUS”. Outras vezes, emprega-se a palavra com a conotação do ato de convidar ou convocar, como em Lucas 14:13: “Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos”.
Quando a palavra “chamado” é usada para convidar, devemos fazer a diferença entre um chamado ao qual não se obedece e o outro que é eficaz – ao qual se atende. O objetivo principal do Evangelho é chamar as pessoas para a salvação, através da fé em Cristo. É óbvio que muitos destes chamados não são ouvidos, e muita gente continua perdida, apesar da pregação simples e apelo urgente. Por outro lado, vemos a pregação eficaz do Evangelho em muitos casos; vemos vidas transformadas por ele. Podemos ver um perdido ignorar e rejeitar o Evangelho em uma ocasião e, depois, na próxima vez ou um pouco mais tarde, ser salvo por ele. O que faz a diferença? O pastor? Não, pois até pode ser o mesmo nos dois exemplos. No Evangelho? Não, pois é o mesmo nos dois casos. A diferença é feita pelo Espírito Santo em Seu poder de dar luz e vida ao coração do pecador. Ao se pregar o Evangelho “somente em palavras”, isto é, sem o poder vivificador do Espírito Santo, o pecador continua espiritualmente morto, e será ou indiferente ou contra o chamado do Evangelho.
O chamado eficaz é quase equivalente à regeneração. Em Romanos 8:30 vemos a ordem dos atos divinos na salvação: “E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou”. Note que se usa a palavra “chamado”, ao invés de “regenerado”. Os crentes, muitas vezes, são denominados “os chamados”, ou então “os nascidos de novo”.
A BÍBLIA FAZ DISTINÇÃO ENTRE OS DOIS CHAMADOS
Existem dois chamados de Deus para o homem. Um é o chamado geral, feito a todos quantos ouvem o Evangelho através da audição. O outro é especial e resulta na salvação daqueles que o ouvem. Os homens são salvos através deste chamado divino. Paulo se refere aos crentes em Roma e em Corinto “chamados santos”. Romanos 1:1 e I Coríntios 1:2. Ele pregou o Evangelho, sem distinção, a judeus e gregos, em Corinto. Ao judeu natural, o Evangelho era um escândalo e ao grego (gentio), uma loucura. “Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus”. I Coríntios 1:24. Somente os chamados nos dois grupos viram o poder e a sabedoria de Deus no plano da salvação, através do Cristo crucificado.
Vamos examinar alguns versículos que falam sobre o chamado geral. Em Provérbios 1:24 Deus diz: “Entretanto, porque eu clamei e recusastes; e estendi a minha mão e não houve quem desse atenção”. Este foi um chamado externo, feito por Deus, através dos profetas, porém foi universalmente ignorado -- ninguém lhe deu atenção. Em Mateus 22:14, lemos: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”. Eis um chamado feito a um número bem maior dos que foram escolhidos e salvos. Na parábola da grande ceia, registrada em Lucas 14, nenhum dos convidados apareceu, mas todos apresentaram desculpas.
Vamos, agora, examinar alguns versículos que falam sobre o chamado especial e eficaz. Em Romanos 8:28 lemos que tudo coopera para o bem “daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. “Os chamados” significa muito mais que “os convidados”, pois muitos são convidados para virem a Cristo, porém nunca vêm e assim, não são salvos. Para estes tudo não coopera para o bem. Em Romanos 8:30 lemos que os chamados também são justificados. Há muitos chamados (convidados) pela pregação do Evangelho que não são justificados. Paulo escreveu sobre o chamado eficaz na salvação ao dizer aos coríntios: “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados”. I Coríntios 1:26. Em II Pedro 1:10 somos exortados: “Procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição”. Em todas estas passagens, o chamado é mais do que um simples convite externo para se crer no Evangelho.
A NATUREZA DO CHAMADO EFICAZ
1. É subjetivo ou interno. Há um chamado objetivo ou externo, no qual o Evangelho é apresentado e oferecido ao pecador. Neste chamado, a graça de Deus opera na mente e no coração; ao lhe compelir (no sentido de submeter a vontade humana à vontade de Deus), mas ao mudar a mente e o coração, através da inclinação governante da alma, a fim de que se torne disposto. Podemos  define o chamado eficaz com estas palavras: “Chamamos de convite eficaz ou o chamado eficaz o exercício do poder divino sobre a alma; poder este imediato, espiritual e sobrenatural, o qual transmite uma nova vida espiritual, tornando assim possível um novo modo de atividade espiritual. O arrependimento, a fé, a confiança, a esperança e o amor são, pura e simplesmente, os próprios atos do pecador, os quais só se tornam possíveis a ele, em virtude da mudança feita na condição moral de suas qualidades naturais, pelo poder de Deus de recriar”.
2. É um chamado especial. Existe um chamado geral cada vez e seja onde for que o Evangelho for pregado. Deus é sincero neste chamado e o pecador tem a responsabilidade de dar-lhe atenção, mas o fato é que não o faz. O chamado especial é algo além da pregação do Evangelho, pois é feito àqueles que são chamados ovelhas, eleitos, predestinados. Para estes, é sempre eficaz. Cristo disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão”. João 10:27-28. E, falando sobre as ovelhas perdidas entre os gentios, Ele declara: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor” João 10:16.Paulo reconheceu o eleito quando o Evangelho “Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós” I Tessalonicenses 1:5.
John Bunyan ilustra a diferença entre o chamado especial e o geral através do modo como uma galinha chama os pintinhos. Às vezes, ela cacareja, mas os pintinhos não dão a mínima atenção. Porém, quando cacareja avisando-os que o gavião está para pegá-los, eles vêm voando, em busca de proteção sob suas asas. Deus, do mesmo modo, tem um chamado que traz as ovelhas perdidas ao abrigo e segurança sob as asas abertas do Calvário.
Spurgeon encontra uma ilustração para este chamado eficaz na ressurreição física de Lázaro. Ele diz que se o Senhor Jesus não tivesse Se dirigido pessoalmente a Lázaro, ao dizer: “Lázaro, sai para fora” (João 11:43), todos os outros mortos teriam ressuscitado, ao ouvir Sua ordem.
Nosso Senhor faz uma distinção entre a ressurreição espiritual e física em João 5: 25, 28. Ele está falando sobre a ressurreição corpórea ao dizer: “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz”.
3. É um chamado miraculoso e invencível. Pedro diz que é um chamado para sair das trevas para a Sua maravilhosa luz. I Pedro 2:9. Cristo diz que é este chamado que faz o morto viver. Tal chamado tem o poder por trás. É o Espírito poderoso de Deus, agindo pela graça, que faz o pecador ver seu estado de desamparo e o valor do sangue de Cristo. Resistir, com sucesso a este chamado faria o pecador mais poderoso do que Deus. Havia a morte e a decomposição em Lázaro para impedi-lo de reagir à ordem de Cristo de sair do túmulo. Mas, havia poder de Deus, que vence todo e qualquer obstáculo da natureza. Do mesmo modo, existe muita coisa no pecador que resiste ao chamado do Evangelho, mas no chamado eficaz do Espírito esta resistência é vencida. O chamado eficaz é divino e surpreende o pecador descuidado e o faz pensar; traz luz ao entendimento obscurecido pelo pecado; abre o coração fechado por causa do pecado para receber Cristo como Senhor e Salvador. Sem a obra do Espírito Santo, a Palavra do Espírito seria rejeitada. A menos que o Espírito Santo ilumine a alma, a luz da Bíblia não será vista. O poder da conversão não está na inspiração nem na transpiração do pregador, mas na iluminação e regeneração  aperfeiçoamento  do Espírito Santo.
O chamado externo do Evangelho, feito pelo pregador, assemelha-se à lei que acusa o réu e o leva ao julgamento; o chamado especial é o delegado que entra em contato com o réu, prende-o e o leva ao tribunal. A recusa do réu em se submeter à prisão não é prova de que seja superior à lei; mas se a lei for incapaz de levá-lo ao tribunal, isto seria uma prova que ele é mais forte que a lei. Então, quando o pregador convida os pecadores a se arrependerem e crerem no Evangelho e eles recusam, isto não indica que o pecador é mais forte do que Deus. Mas, se o Espírito Santo o chamar, vindo para dar para sua mente obscurecida a luz do evangelho, para fazê-lo arrepender-se e ter fé, para lhe dar um novo nascimento, e não conseguir, então isso provaria que o pecador é mais forte que Deus, o Espírito Santo. A depravação pode ser demais para o pregador, mas não para o Espírito Santo. É por isso que oramos, para que Deus converta o pecador, quando pregamos a ele.
O chamado geral é como o pai que chama o filho para levantar-se de manhã. O filho diz: “Ta bom!” e volta a dormir. O chamado não fez levantar; não surtiu nenhum resultado. O chamado eficaz é como o mesmo pai entrando no quarto do filho meia hora depois. Ele puxa o lençol e usa o cinturão. Isto funciona e o filho levanta na hora.
A NECESSIDADE DO CHAMADO EFICAZ
1. A depravação humana, a condição da natureza humana caída, torna necessário o chamado sobrenatural e eficaz, para que haja conversão do pecador. O homem, por natureza, tem seu entendimento obscurecido pelo pecado. O coração está totalmente endurecido e sua mente é inimizade contra Deus. Se o pecador amasse a Deus e entendesse o Evangelho, ele imediatamente, ao ouvir o Evangelho, com amor e alegria atenderia o chamado feito pelas boas novas da salvação em Cristo. Mas, é preciso que o pecador passe por uma mudança de coração e mente, antes de receber Cristo como Senhor e Salvador. Esta mudança não é feita por ele mesmo e sim por Deus. Paulo disse a Timóteo para pregar, na esperança de que “porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos”. II Timóteo 2:25-26.
2. Este chamado especial do Espírito Santo é necessário porque o chamado do Evangelho, somente a Palavra, não é suficiente para a conversão do perdido. “Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós”. I Tessalonicenses 1:5. John Bunyan afirmou: “Creio que, para haver o chamado eficaz, o Espírito Santo deve acompanhar a Palavra do Evangelho e isto com todo poder”. O Evangelho é adequado e suficiente como meio para a conversão, mas deve haver um agente, com poder, a fim de torná-lo eficaz. Deve haver o obreiro divino e também um equipamento divino. A Palavra é uma espada ótima, mas deve haver quem maneje. A Bíblia diz que a Palavra é a espada do Espírito. No chamado que não traz efeito, temos o Evangelho e o pregador; no chamado eficaz temos o Evangelho, o pregador e o Espírito Santo, o qual torna o Evangelho eficaz na conversão do pecador.
A RAZÃO PARA O CHAMADO EFICAZ
O chamado eficaz, feito pelo Espírito Santo e que assegura a salvação, em cada caso é feito em consequência do propósito eterno de Deus. Em Romanos 8:28 lemos que este chamado é “segundo o seu propósito”. Em II Timóteo 1:9 vemos o mesmo efeito: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos ”.A salvação não é um acidente, não é algo que acontece por acaso, mas é o cumprimento do propósito eterno de Deus em Cristo. O chamado eficaz é o ato divino, pelo qual o predestinado vem à salvação Eleito.  
É a posse do eleito; a indução à santidade. A salvação vem do Senhor e cada crente deve atribuir sua conversão à obra do Espírito Santo. Cada crente é um homem criado de novo por Deus e, portanto, um homem criado pela graça desde que ele não merecia a salvação. É Deus quem nos torna diferentes do perdido,